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domingo, 7 de novembro de 2010

Ser reciclável não é garantia de sustentabilidade

Empresas e pessoas precisam se conscientizar ainda mais sobre a importância na hora de escolher produtos e materiais para os seus projetos



Atualmente, os mercados têm pressionado designers e arquitetos para criarem produtos e projetos inovadores e sustentáveis. E ser sustentável não é apenas usar produtos e materiais reciclados, mas pensar em toda a esfera global que vai desde a extração das matérias-primas, passa pela logística, produção industrial, chegando até o ciclo final do produto.
“Quando pensamos no ciclo de vida de um produto, temos que projetar uma solução que não seja o envio dele para aterros sanitários. As inovações surgem para minimizar os impactos ambientais, mas empresas e pessoas precisam se conscientizar ainda mais sobre a importância na hora de escolher produtos e materiais para os seus projetos.
Ou seja, não adianta comprar uma cadeira feita de material reciclado e que possa ser reciclada, se a destinação final dela não será a reciclagem e sim um aterro”, afirma Sophia Mendelsohn, certificada pelo LEED, Líder em Sustentabilidade e Responsável pelos Mercados Emergentes da Haworth.
Uma ferramenta internacionalmente utilizada pelo mercado para medir o tipo de impacto gerado por produtos, processos e serviços é o software LCA (Life-Cycle Assessment), que permite comparar níveis e usos de materiais. E este tipo de medição é importante por ser capaz de controlar a qualidade dos materiais e produtos e também a sustentabilidade.
“Outro ponto que chama atenção – e é preocupante – nos países emergentes é o uso de produtos químicos já considerados ilegais na Europa e EUA, que em países como o Brasil são abertamente utilizados”, conta Sophia Mendelsohn.
“Arquitetos e empresas de Real State possuem o poder de encorajar clientes a mudar, inovar na criação de produtos e projetos, e se tornarem referência na educação sustentável. Assim, se um cliente é encorajado a reutilizar materiais, fazer doações ou reciclar o que não é mais usado, estamos investindo em soluções corretas e dando um destino eficaz para os produtos antigos.”
Materiais alternativos:
A Haworth, maior fabricante de móveis corporativos do mundo, já utiliza na fabricação dos seus produtos materiais alternativos como bambu e palha de arroz. Um exemplo disso é a utilização da palha de arroz prensada – a casca representa 25% do peso de todo o arroz colhido - na fabricação das superfícies das estações de trabalho da linha AllWays da Haworth, concebida em sua fábrica na China.
“Além de ser livre de cromo hexavalente ou Clorofluorcarbonos, este é apenas um exemplo de como um produto pode ter design e ser sustentável ao mesmo tempo”, exemplifica a Líder em Sustentabilidade e Responsável pelos Mercados Emergentes da Haworth.
Fonte: Danielle Flöter

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