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domingo, 2 de janeiro de 2011


Em São Paulo, Casa Modelo é exemplo de sustentabilidade


Construída em Americana, no Estado de São Paulo, a “Casa Modelo Experimental” é o resultado de um projeto entre 22 empresas que decidiram provar à sociedade que é possível construir moradias com materiais reciclados e renováveis, sem abrir mão do conforto

Débora Spitzcovsky


Pouco conforto e qualidade, falta de beleza e ausência de sofisticação. Essas são algumas das características que ainda aparecem na cabeça das pessoas quando o assunto é casas sustentáveis. Muitas até conhecem o discurso de que sustentabilidade significa, acima de tudo, inovação e criatividade para melhorar a qualidade de vida e diminuir os impactos do planeta, mas têm dificuldades de visualizar uma moradia sustentável


Foi pensando nisso que 22 empresas brasileiras – entre elas a CPFL – se uniram para desenvolver o projeto “Casa Modelo Experimental”. Instalada na cidade paulista de Americana, desde junho, a construção é um verdadeiro exemplo de que é possível usar a tecnologia a favor da construção de casas sustentáveis e, também, confortáveis. 

A preocupação com o meio ambiente já começou na edificação da casa: 

– ela foi construída com tijolos fabricados a partir de resíduos; 
– sua pintura foi feita com tintas ecológicas à base de água e sem odores; 
– e todas as telhas e forros térmicos foram fabricados com restos e tubos de creme dental, a fim de facilitar a ventilação natural do ambiente e, assim, diminuir a necessidade de ar condicionado ou de ventiladores. 

Além disso, a Casa Modelo conta com uma série de tecnologias que visam a economia de água e energia. O posicionamento e a angulação do telhado, por exemplo, foram projetados de forma estratégica para captar melhor a luz solar, utilizada para aquecer a água das torneiras e chuveiros – que possuem aparelhos de medidor de consumo. 

No banheiro, as duchas possuem um mecanismo que utiliza a própria água quente utilizada no banho para pré-aquecer a água que ainda sairá do chuveiro e os vasos sanitários possuem válvulas com diferentes níveis de descarga. 

Um outro diferencial da Casa é um sistema especializado construído para coletar a água da chuva em calhas e, depois, utilizá-la em atividades como a lavagem dos pisos ou a rega dos jardins e pomares. E, nos quartos, foram instalados três tipos diferentes de lâmpada: a comum, a fluorescente e a led, a fim de demonstrar aos visitantes as diferenças de consumo. 

O projeto custou cerca de R$ 200 mil e está aberto a visitação do público, no Centro de Referência em Gestão de Proteção dos Recursos Hídricos de Americana. A Casa Modelo é considerada um verdadeiro referencial no setor e será apresentada em case, amanhã, 25 de agosto, na Mostra Fiesp de Responsabilidade Socioambiental, durante a mesa redonda “Economizando energia e gerando sustentabilidade”. 

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